A discussão que envolve a presença da mulher no mercado de trabalho se acentuou mais ainda nesta pandemia. Pesquisas comprovaram que a participação das mulheres, especialmente as que são mães com filhos de até 12 anos, caiu quase 10%, conforme dados da ONU Mulheres.
O retrocesso de mais de uma década foi apontado não só no Brasil, mas em outros países da América Latina e no Caribe, como mostrou um relatório especial da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
Outro estudo que comprova tamanha dificuldade foi apresentado pelo Nubank, em uma parceria com a Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o SEBRAE. No segundo trimestre de 2020, o número de empreendedoras caiu 15% no Brasil.
Práticas urgentes
Como reverter situações como essas e trazer holofotes às mulheres são perguntas que precisam de respostas e ações práticas urgentes.
Discutir sobre igualdade de gênero, especialmente nas lideranças, em cargos estratégicos e conselhos administrativos é o primeiro passo.
Avaliar o momento da empresa e conhecer os reais gaps para entender onde as companhias estão com relação à liderança balanceada, como propõe a PWN São Paulo, ONG voltada à causa, também entendo ser uma boa estratégia para reduzir a desigualdade de gênero.
Enrique também ouvir histórias e aprender com mulheres que batalharam e avançaram em suas carreiras.
Com base em minhas experiências e leituras, enxergo uma necessidade urgente de as mulheres reconhecerem seus pontos fortes e demonstrar ainda mais suas capacidades, deixando de lado o que chamamos de síndrome da impostora – você já deve ter ouvido falar.
Por fim, a evolução das mulheres no mercado de trabalho e em cargos de liderança não é uma questão exclusivamente nossa, mas sim cultural. Que a curto prazo possamos construir comunidades onde seja possível aproveitar o melhor de cada um de nós.
Por Fernanda Cunha, sócia-fundadora da Star Palestras.
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