Por Carlos Veríssimo 

“O talento vence jogos, mas só o trabalho em equipe ganha campeonatos.” 
Michael Jordan 

Uma equipe que se comunica adequadamente progride e atinge seus objetivos. Segundo tendências, vamos ter dois tipos de empresas: as que choram e as que vendem lenços. Qual quer ser? 

A empresa de sucesso é aquela que, agindo ética e conscientemente e, acima de tudo, com nobreza de caráter e com respeito às condições da pessoa humana, na busca de seu ideal, conseguir cumprir sua missão, adaptando-se às mudanças decorrentes do mundo atual. Portanto, o bom empreendedor deve, inicialmente, mostrar ao seu colaborador qual a importância de seu trabalho para a empresa. Desta forma se estaria contemplando a essência do que é preciso em uma empresa, no que se refere à política de pessoal: fazer com que o colaborador saiba não só como fazer mas, o porquê fazer e o que se está fazendo.  

PERGUNTAS QUE NÃO QUEREM CALAR: 

1) Quais os benefícios de uma boa gestão de pessoas? Em todos os tempos, o ser humano sempre possuiu uma relação importante de troca com o outro. O trabalho é fruto deste intercâmbio e as empresas são fruto de seu trabalho. Administrar uma empresa é um trabalho que deve considerar a criatividade, a iniciativa própria e a responsabilidade de todos os seus membros, como valores necessários para o efetivo alcance de seus objetivos essenciais como: produtividade, competitividade e lucros. 

2) O que devemos entender por necessidades humanas? A satisfação das necessidades humanas está diretamente ligada à moral das pessoas e ao seu desempenho profissional o que, consequentemente, afeta o desempenho da empresa. Por isto, é importante que o trabalhador esteja não só satisfeito no cargo que ocupa (como se sente com relação à realização pessoal, reconhecimento, responsabilidade e progresso), mas, também, satisfeito com o que a empresa lhe oferece para o exercício de suas funções (condições do ambiente de trabalho, salário, benefícios e relação com superiores e colegas).  

3) Quais são os benefícios de uma pessoa motivada? Quando o trabalhador é motivado e capacitado tende a ter maiores índices de desempenho, o que resulta em aumento de produtividade para a empresa como um todo. É fundamental que as empresas tenham cuidados voltados para a criação de novos estímulos de aperfeiçoamento e o crescimento de seus trabalhadores como forma de garantir um constante desenvolvimento e aperfeiçoamento. 

4) Como pode o empreendedor atuar ativamente na gestão de pessoas? Esta não é tarefa fácil. Ações devem ser consideradas de grande relevância pelo empreendedor, dentre as quais podemos destacar: 

– Maior preocupação com o futuro da empresa e dos colaboradores; 

– Investimento em inovações tecnológicas (máquinas, equipamentos, etc.) ou simples melhorias na empresa (processos racionalizados, etc.) e em qualificação e treinamento do trabalhador; 

– Assumir uma cultura mais participativa e democrática; 

– Objetivar a responsabilidade social, com maior integração entre os colaboradores e entre eles e seus superiores – trabalho de equipe. Desta maneira, a empresa estará buscando uma maior integração de todos que nela trabalham; 

– Adequar as práticas e políticas de administração de pessoal às diferenças individuais. 

5) Há recursos que podem ser utilizados para melhorar o ambiente empresarial? Claro que há. O empreendedor pode intensificar o uso de mecanismos de motivação e de realização pessoal. Desde um simples “muito obrigado” como prova de reconhecimento pelo bom trabalho realizado, passando pelos incentivos individuais ou coletivos e realização de reuniões em busca de solução de problemas e melhorias, em que o colaborador possa participar mais efetivamente e sentir-se importante e, até mesmo, a realização de reuniões de confraternização, que podem ser apenas internas ou incluindo também familiares. Independentemente do tipo de equipe, temos que trabalhar eficaz e efetivamente em conjunto para atingir os objetivos. As atitudes divergentes, a comunicação ineficaz e a falta de motivação podem criar o caos dentro de uma equipe. 

6) Mas como colocar em prática tais recursos? Para que a empresa consiga realizar ações dos tipos mencionados, é aconselhável que se faça um planejamento de forma a identificar quais as condições da empresa e quais as condições que necessita para a concretização de tais ações com o sucesso desejado. O planejamento parte, inicialmente, de uma visão mais global da empresa e, posteriormente, é disseminado por toda ela. 

7) Qual a importância da comunicação no processo de gestão de pessoas? Quer gostemos ou não, estamos nos comunicando o todo tempo. Dependemos dessa atividade em nossa vida pessoal, social ou no trabalho. Portanto, faz sentido procurar saber o que estamos comunicando, como e por quê. A comunicação é fundamental para o sucesso de qualquer empresa. Se os membros de um grupo se comunicarem adequadamente, a possibilidade de sucesso será maior. Entretanto, a comunicação adequada é um objetivo difícil de ser alcançado. Você já notou o grande número de livros publicados sobre o tema comunicação? Se ela fosse um procedimento simples, as prateleiras das livrarias não estariam cheias de manuais sobre o assunto. O processo de comunicação, entre o empreendedor e os colaboradores e entre as demais pessoas na empresa, é fundamental para um bom entendimento mútuo e para um ótimo relacionamento interpessoal. 

8) Quais são os hábitos mais comuns de quem não sabe ouvir? A capacidade de ouvir é um dos pré-requisitos para a boa comunicação, pois nos coloca em uma posição de aprendizado constante para ampliar nossos conhecimentos. Entretanto, certas pessoas cultivam alguns hábitos que são verdadeiros obstáculos à comunicação. Vejamos alguns: 

– Dificultar o acesso das pessoas; 

– Medo de não ter todas as respostas; 

– Acreditar que sabe mais do que a pessoa com quem está falando; 

– Reagir exageradamente e 

– Fingir que está ouvindo. 

9) Como pode ser definido o relacionamento interpessoal? O relacionamento interpessoal pode ser mais facilmente definido como um encontro a dois, um encontro grupal, um encontro no qual cada um deixa de ser único e passa a ser o somatório dessa inter-relação, desse intercâmbio com o outro. Quando o encontro é estabelecido, eu não sou apenas eu, o eu único. Eu passo a ser o eu com o outro. A percepção e os sentimentos são influenciados pelo outro. Na relação com o outro, passamos a sentir um pouco o que o outro está sentindo. 

Pense nisso, e mudarás! 

Autor: Carlos Verissimo, Eterno Aprendiz, Administrador de Empresas, Escritor e Palestrante Empresário, Consultor, Tutor de EaD, Facilitador Líder do EMPRETEC (ONU-SEBRAE), Instrutor do IDEBRASIL. Diretor da Verissimo Associados.