Recuperando-se dos tão falados e profundos impactos da pandemia, a reinvenção do setor de eventos passou pela obrigatória inclusão de um campo no formulário de contratação: Qual modelo gostaria de contratar: presencial, online ou híbrido?
Parece uma pergunta simples e de decisão também fácil, levada por gosto pessoal ou facilidades. Mas, a verdade é que vários fatores precisam ser levados em conta para escolher qual modelo assinalar.
Pouco utilizado antes do isolamento social, o evento a distância traz diversos benefícios, principalmente em custos e logística. Afinal, além de potencializar alcance, eliminam-se as preocupações com locação de grandes espaços, recepção e controle de público, viagens, traslados e hospedagem de palestrantes e convidados, entre outras questões. Se tiver palestrante internacional na programação, multiplique por várias vezes os desafios eliminados.
Por outro lado, se há praticidade nestes aspectos, o modelo online carrega consigo preocupações que exigem soluções criativas e bastante empenho e tecnologia para resolver.
Entre as questões intrínsecas ao modelo a distância, podemos citar o desafio de promover interatividade eficiente e atraente; a realidade de pessoas cansadas do online e buscando diminuir tempo de tela; alta concorrência na agenda e, também, pela atenção do espectador durante o evento (afinal, fora de um ambiente dedicado exclusivamente à apresentação e ao conteúdo, você está sujeito a demandas e estímulos profissionais e pessoais que podem alterar seu foco).
Já o evento presencial, mesmo com todos os arranjos logísticos e de produção inerentes ao modelo, tem entregas aos participantes que geram engajamento e benefícios duradouros:
- a chance de tirar uma selfie com colegas ou até mesmo com o/a palestrante para as redes sociais,
- o imbatível networking presencial,
- a energia positiva e concentrada que costuma vir da plateia,
- oradores mais desenvoltos por não precisarem lidar com câmeras e poderem olhar no olho do espectador,
- modulação de tempo, tom de voz e conteúdo conforme a reposta da plateia.
Tudo isso ainda é diferencial inquestionável de estar ao vivo, em cores – e sem tela no meio.
O afrouxamento do isolamento social impulsionou um modelo ainda mais raro antes dessa nova realidade – o modelo híbrido, ou phytgital (físico + digital). Você tinha ouvido falar ou participado de eventos híbridos antes da pandemia? Eles eram exclusivos de grandes acontecimentos corporativos – como referência, lembramos dos lançamentos da Apple, com sortudos na plateia e transmissão ao vivo.
Embora essa possibilidade seja muito atraente para os contratantes, pois, à primeira vista, entrega as vantagens do presencial e do online, ele apresenta um enorme desafio:
Como entregar a mesma experiência e engajamento para os dois públicos? Hoje, o público que não está presente fisicamente não aceita mais ser tratado com menos atenção e receber somente streaming de vídeo.
Do orador às ativações, brindes e interações, perguntas e respostas, enquadramento, tudo precisa ser pensado, produzido e executado levando em conta aquele que está sentado na primeira fileira e quem está diante da tela na sua casa ou escritório.
Provavelmente, você precisará de profissionais especializados para desenvolver cada uma dessas experiências.
Uma coisa, podemos afirmar com certeza: se quiser otimizar investimentos e decidir com mais precisão qual modelo se encaixa melhor ao seu objetivo, conte com profissionais experientes.