Por Carlos Veríssimo
“A percepção do desconhecido é a mais fascinante das experiências. O homem que não tem os olhos abertos para o misterioso passará a vida sem ver nada”.
Albert Einstein
Percepção é a forma como interpretamos, julgamos ou avaliamos o que ocorre em nossa volta. É um processo seletivo, em que o ser humano atua ativamente. Imagine que temos um balde com água até a metade: para você, este balde estaria meio cheio ou meio vazio? Sua resposta depende muito de sua percepção de realidade, que é subjetiva em sua essência e variável de pessoa para pessoa. Cada individuo vive em seu próprio mundo.
Este mundo é constituído por aquilo de que se tem experiência: o que se sente, percebe, pensa e imagina. E o que sente, percebe, pensa e imagina é resultante do ambiente físico e social em que vive e da sua própria natureza biológica. Seu mundo é o seu universo pessoal, e é diferente de todas as outras pessoas porque não existem duas pessoas iguais.
A maneira pela qual a pessoa se comporta está subordinada a este mundo particular e, por isso, compreendemos o seu comportamento e precisamos indagar sobre seu mundo, fazendo conhecer suas percepções.
Percepção de Pessoas
Grande parte do nosso tempo é gasto em observarmos pessoas em ação. Notamos sua aparência, seus traços expressivos, seus atos e sua inteligência. Todas essas observações, consideradas conjuntamente, são o que denominamos nossa percepção da pessoa.
Tal percepção não consiste apenas em uma série de observações isoladas e desconexas. Mas em uma integração dessas observações em uma impressão unificada da personalidade completa mesmo se, quando necessário, precisamos inventar qualidades para preencher essa impressão.
Primeiras impressões, sua estabilidade. Tão logo observamos qualquer coisa a respeito de uma pessoa, começamos a formar uma ideia integrada. As observações posteriores serão influenciadas por essas impressões iniciais e é isso que as torna tão importantes, para as nossas percepções e julgamentos a cerca da personalidade dos outros. A primeira noção que temos de uma pessoa pode determinar o nosso comportamento a seu respeito.
A outra pessoa irá então se comportar de maneira consistente com o nosso próprio comportamento, e isso reforça nossa impressão inicial. Nós nos conhecemos realmente a ponto de poder responder, com segurança, quem somos? A essência de nossa identidade pessoal é, na verdade, uma imagem que acreditamos representar.
Essa imagem, que na linguagem dos psicólogos é denominada auto-conceito, resulta não só do modo como nos vemos, como do conceito que os outros têm a nosso respeito e que, em geral, difere muito do nosso. Se a disparidade entre o auto-conceito e a personalidade real ou objetiva for grande, podem surgir sérios problemas de ajustamento. Nós procuraremos racionalizar ou mesmo ignorar os aspectos de nossa personalidade que são desagradáveis. Se tivermos o hábito de anotar as opiniões que nossos amigos têm a nosso respeito e depois compara-las, veremos que cada uma delas parece falar de uma pessoa diferente.
As opiniões sobre nossa personalidade têm importância relativa, mas a ideia que fazemos de nós mesmos o autoconceito ou autoimagem é muito importante. Ampliando a nossa percepção, sem sombra de dúvida, estaremos refletindo os benefícios para a empresa, que deve estar em constante mudança. Se não percebermos melhor, alguém perceberá e poderá encantar o cliente.
Pense nisso, e mudarás!