Neste artigo escrito por Gabriel Rossi, ele fala diretamente com o jovem empreendedor. Afinal, existe idade certa para começar a empreender?
Antes de você ler o conteúdo completo, levantamos dados curiosos. Pesquisas do Sebrae apontam que o perfil do jovem empreendedor brasileiro é de 18 a 30 anos, muitos já têm graduação e pós-graduação. E são motivados pelo sonho de ter o próprio negócio, mais independência financeira e flexibilidade de horário. Nesta notícia, você tem acesso à pesquisa mais detalhada.
Para Gabriel Rossi, maturidade é a métrica e isso varia. Sendo assim, é possível afirmar que não exista uma fase certa para lançar-se neste universo. Leia o artigo dele a seguir.
Características do jovem empreendedor
O jovem empreendedor é caracterizado pela vontade de sempre aprender, estamina e essência vencedoras. Esses são os alicerces sine qua non para qualquer empreitada para quem deseja prosperar, principalmente quando a conjuntura é desafiadora.
Cinco dicas importantes para jovens empreendedores
1. Cuidado com a falta de construção da marca
Há a impressão que criar uma marca forte é algo complexo demais para ser desenvolvido, porque a identidade precisa ser bem estruturada. A marca é o atalho para fisgar o consumidor e não pode ser feia perante o público-alvo.
2. Glamour
Muitos inovadores pensam que apenas uma ideia é suficiente para criar uma empresa. Outro erro grave. É essencial colocar a mão na massa, tomar a frente do negócio, batalhar.
O trabalho em uma startup é tão árduo quanto em qualquer outra empresa. Arregaçar as mangas é fundamental. Egos também devem ser deixados de lado. Brigas entre fundadores são comuns. Portanto, escolher o sócio correto – com objetivos similares – é fundamental. Depois do “casamento”, a separação entre sócios só gera dificuldades.
3. Momento errado para lançar
O empreendedor da startup deve saber o exato momento de lançar sua marca e produto no mercado. A ideia pode ser boa e o dinheiro pode estar no caixa, mas é essencial não perder a oportunidade de entrar no mercado. Se o momento está conturbado – com a economia do país em baixa, por exemplo -, vale esperar ou tirar vantagem disso?
4. Desconhecimento do mercado
Já é um “mantra” do marketing o fato de ser fundamental antecipar a necessidade do consumidor. Mas isso é impossível diante do desconhecimento do mercado. Só se conhece a futura necessidade do consumidor com estudo completo sobre a área que a startup está ingressando. E os estudos devem ser profundos.
5. Falta de público-alvo
É preciso decidir qual público atingir, estudar suas características e conhecê-lo a fundo. Com este perfil em mãos, o empreendedor não apenas saberá com quem está falando. Como e o que falar e por quais ferramentas. Geralmente, uma startup nasce de uma ideia – e o mentor dela não se preocupa com quem “falar”. É preciso focar em determinado públicos.
Alicerces fundamentais para a sobrevivência de qualquer negócio
Preste bem atenção, principalmente você que é um jovem empreendedor. Os alicerces fundamentais para a sobrevivência de qualquer negócio são:
- Lucratividade
- Confiança do consumidor
- Crescimento
- Proteção aos riscos.
Diluir as associações positivas de qualquer marca é um ato de suicídio. No cenário de hoje, é ilógico e arriscado as marcas mentirem para seus clientes. Mais do que um momento de desafio, tratar a economia atual como uma oportunidade é ter uma visão positiva, mas também real.
Tradicionalmente, o setor de beleza não sofre grande impacto com crises econômicas. São produtos menos duráveis e por isso os consumidores precisam repor constantemente, o que acaba energizando o setor continuamente.
O setor de saúde, por questões estruturais, também vislumbra boas perspectivas de crescimento no longo prazo. Isso acontece porque o envelhecimento da população aumenta a demanda por esse serviço.
O ramo da educação é outro que mostra resiliência. Investimentos são atraídos para esse segmento pois ele exige um aporte inicial preponderantemente baixo se comparado com setores como o da construção civil.
Ademais, em tempos de economia colaborativa, vencerão os empreendedores criativos que pensarem em produtos e serviços que possam ser compartilhados, tenham durabilidade e se fortaleçam com as comunidades digitais. Lembre-se de que o novo consumidor não se preocupa mais em ser dono das coisas, mas ter acesso às coisas.
A tendência veio para ficar, especialmente porque é regida por três grandes forças: social (as pessoas compartilham mais, por exemplo), econômica (escassez de recursos) e tecnológica (ascensão de uma geração que cresceu com a internet e se conecta com outras pessoas em proporções muito maiores do que antes).
Empreender no Brasil é duríssimo, mas é possível. Foque em janelas ao invés de espelhos. O meu conselho é para um jovem empreendedor é para que empreendam quando tiverem conhecimento plausível sobre o mercado, assim como capacidade de tomar decisões frias e racionais.
Gabriel Rossi é Diretor da Gabriel Rossi Consultoria de Marketing e Professor da ESPM.
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